sexta-feira, 24 de junho de 2011

Eu não sou poeta não

Ao lado o poeta Ferreira Goulart

Você não adquire inteligência. Ou nasce com ela ou está ferrado. Pode até adquirir conhecimento e cultura ao longo da vida, mas ser inteligente vem de berço. Já vi casos de gente que vivia na rua, estudava por conta própria e conseguia passar em concurso para o Banco do Brasil. Outros se matam e são reprovados. O QI de cada um vem do nascedouro. É aquela coisa de escrever poemas aos borbotões como acontece com o pessoal que se diz poeta e publica na Internet até três poesias por dia. Ora, Ferreira Goulart levou muito tempo para concluir sei belo Poema Sujo. Portanto, no caso dele, a poesia está no sangue. Não são versos bobos que podem ser chamados de poemas. A maioria escreve sobre o amor. Outros abordam o sofrimento e segue por aí. Mas na leitura que você faz dos versos sente que muitos forçam a barra e o que escrevem parece bobo.

Esses homens e mulheres se classificam de poetas. Se sentem a fina flor da poesia. Eu mesmo escrevo meus versos. Mas entre escrever e publicar há uma grande diferença. Não me arrisco. Já publiquei livros de biografia e infantil. Mas livro de poema nunca tive a coragem de colocar em exposição. Só tive um poema publicado, assim mesmo em jornal. Certa feita enviei um poema meu para Marcos Polo, um dos grande poetas pernambucanos e na época editor de cultura do Jornal do Comércio, para que ele fizesse uma avaliação. Para minha surpresa, num dia de domingo, a poesia Lúcia Diamante foi publicada no JC. Obrigado, amigo! Mas fiquei por aí. E toda vez que leio Pasárgada, de Manuel Bandeira ou José, de João Cabral de Mello Neto, não tenho coragem de me expor. Pois eles sim são os verdadeiros poetas. Prefiro ler a publicar.

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