sexta-feira, 8 de julho de 2011

A volta de Julio Shimamoto





Shima, o Mestre



O desenhista e pintor Julio Shimamoto é um dos maiores profissionais brasileiros. É um artista de vanguarda. Inquieto ele nunca se repete. Sempre está em busca do novo, da inovação de sua arte. Tanto nas histórias em quadrinhos quanto nas suas pinturas. Como disse Wagner Macedo, é um ermitão. É arredio. Não gosta de aparecer. Nem os prêmios que recebe gosta de comparecer para tê-los em mãos. Assim é o Mestre Shima. Eu tive a honra de ter uma história minha desenhada por ele: A Botija, na extinta Editora Vecchi.

Mas, surpresas das surpresas: Wagner Macedo, representante do BD Jornal no Brasil, conseguiu um depoimento de Julio Shimamoto que sai no próximo número do BD. Nele Shima abre o seu baú de recordações. E por quantas ciladas ele passou. Quantas vitórias ele conseguiu. Quantas histórias mágicas publicou. De quebra o desenhista volta a ter seus trabalhos publicados, também por Wagner e Jorge Machado Dias, proprietário e editor do jornal português.


O leitor será premiado com um livro, uma espécie de autobiografia, e com algumas histórias com o traço fino e requintado desse mestre da nona arte. Um dos episódios mais interessantes na vida artísticas de Shima foi quando ele ganhou o concurso desenhando o cartaz do filme King Kong, nos anos 1980. Recebeu o dinheiro mas foi impedido de ter seu trabalho divulgado nos cinemas. Motivo: Julio Shimamoto era um cara de esquerda. Era contrário à ditadura. Portanto, foi censurado. Assim era o mestre. Assim é Julio Shimamoto.

Um comentário:

  1. Bacana essa matéria Wilde, estou ansioso pra ver essa entrevista na íntegra. Com certeza será uma aula e tanto. Shima é um grande mestre.

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